NOSSA IDA A ponte Engenheiro Paulo de Frontin é, segundo dizem, coisa rara. Seria o único (ou quase isso) viaduto férreo em curva do mundo. Datando de fins do século XIX, hoje é um ponto turístico de Miguel Pereira, mas por ali não passa mais trem algum. Uma pena. No meio de uma manhã de folga, decidimos conferir de perto. Fomos com nossas crianças (4 e 8 anos). O caminho não é muito fácil. Embora seja bem perto do centro de Miguel Pereira, a estrada está em condições deploráveis. Algumas partes asfaltadas exigem um tráfego com velocidade de estacionamento cheio. São buracos bem profundos e amplos em alguns trechos. Chegamos à ponte e cometemos um erro. Aviso para que você não o repita. Subimos a ladeira em curva ao lado da ponte de carro, para estacionarmos lá em cima. Foram dois problemas. Nosso carro não se saiu tão bem na subida de terra seca e solta. Conseguimos, de qualquer forma. Mas não é bom de estacionar por ali. Compensa muito mais estacionar junto à base da ponte e subir a pé. A PONTE Lá em cima, temos o acesso à ponte. Impossível soltar as mãos das crianças. É realmente possível uma queda fatal (ou quase fatal). A vista é interessante. Mas não há muito além disso. Há quem goste de caminhar pela ponte. É possível fazer isso com relativa segurança por um dos lados. Mas, com crianças, eu não recomendaria. O RIO Lá de cima, se percebe um rio que passa por baixo da ponte, ao lado da estrada. Resolvemos ver de perto. Descemos a pé pela rampa lateral. Encontramos uma passagem quase debaixo da ponte. Um caminho simpático por um pequeno bosque conduz à margem do rio, que vim a saber ser o Rio Santana. Por ali, muitas oferendas de alguma religião que não consigo discernir. Isso trazia moscas, porque havia frutas e outros alimentos. Fora isso, o lugar é sombreado e bonito. Não há acesso ao rio tão fácil de achar. Mas há. Basta procurar. A água parece limpa e é bem gelada. Foi dessa parte do passeio que as meninas gostaram. Não nos aventuramos muito, mas molhar os pés já é alguma coisa. Outras pessoas chegaram e foram literalmente nadar no rio. CONSIDERAÇÕES E DICAS Vale a pena? Olha, se é para ir até lá sem ter nenhum interesse em ferrovias antigas, acho que não. Se o caminho estiver mais cuidado no futuro, talvez valha a pena sim, porque não é longe. A quem for, sugiro repelente e cuidado na estrada. Cuidado também para atravessar a estrada, já que há uma curva bem perto da travessia, o que tira a visibilidade do condutor. Eu soube posteriormente que há um balneário chamado Cachoeira do Poção um pouco adiante, pelo mesmo caminho. Talvez seja bom combinar uma visita aos dois lugares, para valer mais a pena o esforço.
0 Comments
Leave a Reply. |
O autorCesar Motta Rios é teólogo. Tem Doutorado na área de Literaturas Clássicas e Medievais, com pós-doutorado na área de Filosofia Antiga. Exerce ministério pastoral junto à Igreja Luterana em Miguel Pereira - RJ. Para acessar seu currículo e encontrá-lo em outras plataformas, clique AQUI. Histórico
April 2023
|