LOCALIZAÇÃO O Parque Estadual da Serra da Concórdia tem sua sede no distrito de Barão de Juparanã, município de Valença – RJ. Está bem perto de Vassouras, cidade com boa estrutura turística e atrativos também muito interessantes. Há dois pequenos trechos da estrada que requerem especial atenção, pois só passa um veículo por vez. Um deles, sob uma ponte férrea, é curtíssimo. O outro, uma ponte rodoviária e férrea ao mesmo tempo (haverá nome para isso!), é mais longo e em curva. Mas há visibilidade suficiente para se saber, antes de entrar, se outro veículo já vem pelo sentido oposto. O PLANO Encontrei informações suficientes para me deixarem interessado e, como minha esposa tinha uns dias de férias, pudemos ir juntos no dia da minha folga, que é usualmente às segundas. De onde estamos, Miguel Pereira, levamos pouco menos de uma hora de carro. Gastamos mais tempo preparando as mochilas que indo propriamente. Temos duas crianças, 4 e 8 anos. Isso deixa a arrumação mais lenta. A ideia era ir cedo, chegando perto do horário de abertura (9h), fazer uma trilha, e voltar por volta do início da tarde. Para a alimentação, preparamos um piquenique. A CHEGADA Atenção à linha do trem. O pare-olhe-escute deve ser respeitado, pois a linha está em uso. Como, de fato, vinha trem, tivemos que esperar seus incontáveis vagões passarem. Feito isso, seguimos pela pequena estradinha de terra que dá acesso à sede do parque. Essa estrada parece vir se desgastando pelas beiradas por erosão. Já não passa mais que um carro, e é preciso atenção. Mas é curta! Na sede, um funcionário (guarda-parque) que estava trabalhando na manutenção veio ao nosso encontro. Colocou sua máscara, inclusive. Orientou onde poderíamos estacionar. Comentou que o parque é mais adequado para visitação nos finais de semana e feriados, porque há manutenção nos outros dias. Mas deixou claro que estava aberto, que não seria problema. Que bom, porque não tenho folga nos finais de semana! Esse mesmo rapaz nos mostrou uma sala de exposição com informações sobre flora e fauna locais, assim como o trabalho de preservação desenvolvido. Há itens interessantes, como armadilhas de caçadores apreendidas. O Parque é muitíssimo importante. Não há dúvidas disso. Ele nos orientou sobre as trilhas, que eu já havia consultado pelo site, é claro. Mochila nas costas, seguimos rumo. Optamos pela Trilha do Gavião, por ser breve. Havia outra menor, a do mirante, que sai de frente da sede. Mas essa é pequena por demais. Não teria emoção. Ah, sim, um de nossos objetivos era treinas as meninas e ver como reagiriam, porque pretendemos visitar outros parques maiores. O do Ibitipoca é nossa meta. A TRILHA A Trilha do Gavião é fácil. Nossa filha de quatro anos a percorreu andando o tempo todo. Fica estreita em alguns momentos, e é preciso segurar a mão da criança quase sempre. Fora isso, há aclive e declive, mas nada muito acentuado. Claro, pode-se escorregar pela terra solta, pedras... Mas nada que atenção redobrada não resolva. Pelo caminho, há trechos de sombra, por causa da mata. Mas há mais trechos com sol. É bom pensar em chapéus. Repelente nem se fala! A trilha tem boas indicações. A distância está indicada a cada 100 metros. Há uma ou outra bifurcação que poderia ter uma sinalização para os mais desastrados. No nosso caso, não houve problemas. Graças a Deus! Quando chegamos à base de cima da tirolesa do parque, temos uma vista encantadora. Avista-se o destino: Uma área com parquinho infantil, ducha, e estrutura para churrasco e camping. O PARQUINHO Basta uma descida cuidadosa por uma estradinha para chegarmos até ali. As crianças correram e brincaram felizes. Há também um pequeno açude, que apenas compõe o cenário, ao que parece. Não sei se tem outra finalidade, mas é possível que sim. O sol é forte. Há sombra na área de churrasqueira. Mas só a utilizamos por estar completamente vazio o parque. Nesse tempo todo, só vimos um pequeno grupo de quatro jovens andando por ali. Fizemos nosso piquenique sob a sombra da estrutura de chegada da tirolesa, um benefício de estarmos a sós no parque, claro. A CAMINHADA DE VOLTA Quando nos aprontamos para o retorno, outro funcionário veio conversar. Fez questão de mostrar, com certo orgulho, a estrutura para camping, que é realmente muito boa. Pergunto o custo para os viajantes. É de graça! Achei ótimo. Há, inclusive, um lugar bem bacana para fogueira, com toda a segurança, afinal, o objetivo do parque é a preservação ambiental. Voltamos pela estrada de baixo, andando. Seria possível eu ir sozinho e buscar a família de carro. Mas, lembrando, estamos fazendo um teste para o Ibitipoca. Nessa parte, o teste mostrou sua utilidade. As crianças se cansaram bastante. O sol estava forte. Houve alguma reclamação. Incentivamos que bebessem mais água. Com incentivo e bom humor, chegamos. As aventureiras ficaram frescas de repente. Não queriam mais saber de andar. (Observação: O Ibitipoca deve ficar para depois. Pensávamos em fevereiro, pois temos férias por ali. Mas, agora, com a experiência, parece melhor que fique para quando essas perninhas estejam mais fortes.) A PARTIDA Na sede, ainda um terceiro funcionário trocou palavras conosco. Destaco enfaticamente: os três funcionários com que conversamos foram muito solícitos e educados. Notável! Todos no carro, partimos de volta. A pequena logo pegou no sono. Quem viaja com criança sabe como isso facilita as coisas. COMENTÁRIO FINAL SOBRE O PARQUE É um Parque grande, muito útil, e adequado para crianças. Pretendemos voltar para outras trilhas no futuro. No mesmo trecho do parque em que estávamos, há uma trilha maior (Trilha da Capivara) que leva às margens do Rio Paraíba do Sul. Do outro lado da estrada que dá acesso à sede, o parque continua e é muito maior. Ali, há trilhas que levam a cachoeiras. Não vimos muito da fauna local. Alguns poucos pássaros e insetos somente. Um grupo de borboletas amarelas e brancas fez uma revoada pela estradinha na volta. Acho que foi o mais emocionante para as crianças. Para elas, foi também divertido o primeiro contato com essa plantinha que fecha ao ser tocada. Para nós, adultos, foi uma boa lembrança da infância. Valeu muito a pena. Reforço que o parque é gratuito. Nosso custo foi basicamente o combustível. Apenas faço algumas sugestões: - Não se esqueça do repelente! - Protetor solar pode ser útil! - Chapéu e roupas confortáveis. - Leve o que for comer! E leve água! - Vá em sintonia com o propósito do parque. Preservação é a palavra. - Pelo caminho, desperte o espírito aventureiro nas crianças! Elas acham o máximo a sensação de serem exploradoras. - Curta cada detalhe. NOSSA ORAÇÃO
Agradecemos a Deus pela beleza da criação, pelas pessoas que exercem honestamente suas vocações benéficas para a preservação dessa beleza, e pela oportunidade de caminharmos, sentirmos o vento, o sol, a vida em meio à natureza. Cansados, mas renovados e com história para contar, voltamos para casa pedindo por mais dias assim.
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O autorCesar Motta Rios é teólogo. Tem Doutorado na área de Literaturas Clássicas e Medievais, com pós-doutorado na área de Filosofia Antiga. Exerce ministério pastoral junto à Igreja Luterana em Miguel Pereira - RJ. Para acessar seu currículo e encontrá-lo em outras plataformas, clique AQUI. Histórico
April 2023
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